Birkenau. Ou Auschwitz II.
Era um dos três complexos principais da rede de campos de concentração comumente denominada "Auschwitz", localizada no sul da Polônia, a 50 km de Cracóvia, em volta da cidade de Oswiecim.

"Auschwitz" era o nome alemão dado a Oswiecim e tornou-se oficial após a invasão da Polônia pelo Terceiro Reich, em setembro de 1939. Já "Birkenau" era a tradução alemã para Brzezinka, o nome da vila que foi destruída para se construir o campo II.

Auschwitz I  - que é onde fica o famoso portão do "Arbeit Macht Frei" / "O trabalho liberta" de tantas fotografias e onde, atualmente, reside o principal Museu - era onde funcionava o centro administrativo e tinha, em maioria, prisioneiros poloneses e soviéticos.

Auschwitz III ou Auschwitz-Monowitz era um campo de trabalhos forçados para a fábrica Buna-Werke, da IG Farben.

Auschwitz II ou Auschwitz-Birkenau era o campo de extermínio. Destinado principalmente a judeus e ciganos, foi lá que funcionaram, em grande dimensão, as câmaras de gás e os crematórios. Começou a ser construído em outubro de 1941, porque o campo I não tinha capacidade suficiente para responder à "Solução Final" para o "problema judaico" - que, em resumo, era a própria existência dos judeus.

Em Birkenau, pouca coisa restou. Lá, o "museu" fica por conta dos restos de barracões dispostos ao longo de uma superfície gigantesca, das ruínas dos crematórios, das torres de vigia e da floresta imensa, intacta, ao fundo. Simplesmente estar ali, olhar e respirar é a experiência. Do incompreensível, do absurdo.

Sonata em Auschwitz acontece nesse campo II, em Auschwitz-Birkenau, para onde os judeus húngaros foram levados em 1944, nos estertores da Guerra, num desespero nazista de aniquilar rapidamente todos os seres humanos "indesejáveis" que ainda restavam. Adele e sua família estavam entre eles. E esse é apenas o começo da linha.



Uma casa no lago, em Potsdam, nos arredores de Berlim, esconde segredos e é cenário de um amor transformador em meio aos escombros da Segunda Guerra Mundial.

Lá, o velho ermitão Johannes e seu cão Moby abrigam uma criança e um homem de passado inconfessável, e esperam pacientemente a chegada de uma mulher...

Enquanto isso, todas as noites, o velho toca a mesma música ao piano - Sonata para Haya.

"Mas daí a contar sua história? Como se houvesse palavra que pudesse expressar o que fora tudo aquilo? (...) De que adiantaria expor seus entes queridos? O mundo continuava do mesmo jeito. Injustiças, opressão, racismo, antissemitismo existiriam para sempre. (...) Por que nunca falara sobre isso? (...) Dor é coisa que se sente. Quando muito intensa, se espalha no ar. Sinto a dor de Adele. E não posso fazer nada. Passados sessenta anos, ninguém pode fazer nada."

Lago: Heiliger See
Potsdam, Brandemburgo
- - 37 km de Berlim
- - 502 km de Auschwitz



A Berlim do final dos anos 30 também é cenário de Sonata em Auschwitz.

Nela, vamos ao encontro de Adele, uma jovem de 14 anos, sua destemida irmã Eva, de 16, e a família Eisen, de alemães judeus. Do ponto de vista deles, vivemos a ascensão do nazismo e seu antissemitismo em passos galopantes, com todas as restrições à vida social, escolar e profissional dos judeus, culminando na trágica Noite dos Cristais, em 1938. As Eisen vão parar na Transilvânia... mas o destino as pegaria de qualquer maneira...

A mesma Berlim é cenário de Frida, esposa indiferente de um oficial nazista de alta patente, e de seu filho Friedrich...

Duas histórias que se cruzarão com... uma Sonata em Auschwitz.



Oradea, na Transilvânia, durante a Segunda Guerra Mundial teve seu nome alterado para Nagyvárad, já que a Romênia foi obrigada a ceder essa parte do território à Hungria, tendo sido nessa época que se intensificou também a perseguição aos judeus, culminando na criação do gueto de Oradea em 1944.

Os guetos nazistas foram espaços demarcados em algumas cidades com o objetivo de isolar e concentrar a população judia local. Era uma solução temporária na rota de extermínio rumo aos campos de concentração.

Em Sonata em Auschwitz, vivemos junto com Adele, Eva e a mãe, Tzipora, alemãs judias de ascendência húngara, dias desumanos nesse gueto, vendo-as confinadas num quarto com dezenas de famílias, com um banheiro para 75 pessoas, sem comida suficiente, obrigadas a cumprir um sem-fim de regras absurdas.

Quando finalmente são tiradas de lá, a esperança que se acende logo se apaga dentro do vagão de gado sem janelas onde se vêem fechadas com destino ao inimaginável.

Ao longo de horas intermináveis, por uma fresta de luz na madeira do vagão, Eva acompanha a mudança da paisagem, procura adivinhar o sentido da rota... enquanto vê seus sonhos esmagados nos trilhos que vão ficando para trás...